O dia 21 de março é carregado de dívida, uma dívida histórica que há muito tempo vem sendo trabalhada, porém longe de ser sanada. Nessa data é reforçado o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, data que no Brasil só reconhecida em 1988, a partir da Constituição Federal que incluía o crime de racismo como um crime sem fiança e sem prazo para ser julgado. A partir disso, as pessoas começaram a entender que racismo de fato era um crime.
O que é a discriminação racial?
Pode parecer óbvio para nós, mas achamos importante explicar o que de fato é a discriminação racial para que não haja dúvidas. De acordo com a Organização das Nações Unidas - ONU:
“Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública”.
Desde então, percebe-se um movimento de entendimento do racismo ser realmente algo criminoso, e o que estamos vivendo hoje é a integração de fato dessas pessoas em posições de destaque, ainda assim, estamos longe de alcançar uma igualdade social.
O racismo e as mulheres pretas
Desde o início da Herbig, a nossa missão sempre foi muito clara: “auxiliar e empoderar mulheres para tomarem controle de suas vidas por meio das suas finanças”, em poucas palavras, o nosso maior objetivo é fornecer as ferramentas necessárias, para que todas nós tenhamos a possibilidade de escolher para onde iremos e planejar como iremos conquistar tudo o que almejamos.
Parece uma coisa de um futuro distante, e até um pouco poético, mas nós sabemos a diferença que o controle das finanças tem sobre pequenos, grandes e médios negócios e como tudo isso influência de forma singular a vida de cada uma de nós.
Nós também percebemos que as diferenças de salário e representatividade racial, se torna muito menor quando falamos de finanças e de quem consegue realmente pagar por um serviço como o nosso. E isso não é à toa....
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa, a média salarial de homens brancos no Brasil é 159% maior do que a de mulheres negras com o mesmo nível educacional.
Gente! 159%! É um absurdo… nós, como mulheres, já recebemos abaixo da média salarial masculina em cargos iguais, mas para mulheres negras o negócio é muito mais embaixo. Nós da Herbig não nos conformamos com isso, e achamos necessário falar sobre essa pauta tão urgente e necessária.
E para contribuir de forma mais ativa, trouxemos várias empreendedoras pretas que merecem o nosso apoio, atenção e a nossa contribuição em tudo o que fazem.
Mulheres negras para apoiar!
A Badu Design é um negócio social que foca em dar oportunidade para mulheres de colocarem seus designs e técnicas de costura à mostra. A fundadora é a Ariane, e ela é simplesmente incrível!
Nós já trouxemos a Nath Finanças aqui no Dia da Mulher, mas sempre vale a pena lembrar dessa mana que é periférica e fala sobre DINHEIRO no seu canal do youtube! Um exemplo de mulher e ela vai longe.
Como o próprio nome já diz, o movimento black money trata de assuntos como dinheiro, negócios, inovação e empreendedorismo para a comunidade negra do Brasil. Eles e elas possuem toda uma estrutura de auxílio a essa comunidade e formas de inserir mulheres negras no mercado de trabalho e nesses círculos que precisam de representatividade o quanto antes.
Ainda dentro do mundo de finanças, a Grana Preta, criada pela Amanda Dias, é um canal do youtube com foco em empoderar e ensinar sobre o cenário financeiro.
O brechó das manas! Uma iniciativa que coloca em destaque mulheres pretas e seus looks que estão à venda.
Nós poderíamos ficar horas e horas divulgando e falando sobre iniciativas dessas mulheres que são muito fodas e incríveis, mas nosso único pedido é que você procure e inclua essas mulheres em seu meio e em seu ambiente de trabalho. As diferenças, principalmente as salariais, criam um abismo entre essas mulheres e o que elas realmente merecem. E cabe a nós auxiliar nessa caminhada. Juntas somos mais fortes.
Um beijo e abraço de toda a equipe Herbig!
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