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  • Foto do escritorHerbig Soluções Financeiras

Os motores que nos levam às mudanças e o que eu aprendi sobre!

Mudar nem sempre é preciso, no entanto, às vezes é necessário ou empurrado "guela" abaixo. Eu, como boa taurina que sou, normalmente prefiro ficar no quentinho, no conhecido, mas já tive que me jogar muitas vezes pelas circunstâncias da vida.


Olhando para trás vejo que todo ano aconteceu alguma mudança na minha vida, a maioria das vezes puxada pela minha carreira, que se somam às minhas decisões de vida.


E tenho que dizer que nenhuma foi sem medo, ou insegurança viu? Todas foram acompanhadas de muitas incertezas, de questionamentos bem profundos, que por mais que não pareçam aí fora, eram e são trabalhados exaustivamente por aqui.


Vale lembrar que vou falar do que vivi aqui, ou outras clientes que tenho acesso, é de uma posição muito privilegiada por poder fazer escolhas, e que no meu momento e na minha realidade podem não ter parecido fáceis.


Mudando de Território

Para começar vou falar sobre a mudança de cidade, que foi por onde começou a maioria das minhas mudanças. Eu estava terminando minha faculdade na cidade que nasci, morando com a minha mãe e irmã, crescendo na carreira, porém os passos eram mais lentos do que eu desejava.


Eu estava bem disposta a mudar, até então, na minha cabeça, seria de posição na mesma fábrica, no mesmo lugar. Foi quando chegaram com uma oportunidade de uma vaga em Curitiba, subindo de cargo.


Uma oportunidade de crescimento que veio acompanhada de uma decisão nada fácil: seria uma mudança de cidade, sair pela primeira vez de casa sem ter data para voltar. A proposta era um aumento de 20% na época, o que já era muito (dizia o RH), então coloquei tudo na ponta do lápis e sairia elas por elas (ganharia líquido um pouco menos do que já ganhava devido aos gastos que eu passaria a ter).


Entendi que seria uma decisão muito pessoal, de vida, de me jogar para ela, também de estar disponível para a empresa (caso não aceitasse voltaria para o fim da fila das promoções).

Tive muitos amigos que reprovaram porque eu me distanciaria, lembro da minha mãe me dizendo que não pediria para eu ficar, pois seria egoísmo da parte dela.


Então, resolvi me jogar. Mesmo que me causasse frio na barriga, foi uma das decisões mais importantes que tomei, e eu acredito que empurrou para todas as outras. Como já dizia a grande Elza Soares a vida é movimento, você precisa se manter em movimento.


Eu tinha uma visão e almejava chegar no cargo de CFO em uma empresa multinacional. Estava no meu caminho para isso.


Sim, ainda bem distante, e enfrentando todas as dificuldades de ser uma mulher, mesmo branca, em uma empresa que trabalha com agricultura pode enfrentar. Inclusive, muitas vezes tendo que ouvir piadas machistas, gritar mais alto, e botar o * na mesa até mesmo quando eu só tenho pinto no nome mesmo! hehe


E foi assim, entendendo qual seria meu papel ali, sendo a única mulher responsável por controlar uma região, sentando nas reuniões com os diretores e vice presidente, que comecei a observar a vida que eu já estava levando (trabalhando mais de 10 horas todos os dias, às vezes final de semana, tendo que atender pelo meu celular pessoal os contatos comerciais, querendo alguma condição, chegando às 09h para trabalhar e se estressando às 09:01 com o primeiro email ou a primeira ligação) e a vida que eles levavam (reuniões até tarde, dizendo que a esposa trancaria a porta se ele não saísse naquela hora, viagens à trabalho, entregar sua vida a empresa, e muito mais) que comecei a entender que eu poderia fazer diferente com tudo o que eu já sabia e impactar a vida de outras pessoas.


Veja, não estou dizendo que era de todo ruim, isso como tudo na vida tinha seus lados positivos e negativos.


Foi o melhor salário que eu tive na vida até hoje, me permitiu viagens internacionais não só pela empresa como pessoais também, uma baita experiência profissional. Vai de você entender o que vale a pena e o que faz sentido para o seu processo!


Para mim, naquele momento não fazia mais sentido.




E quando decidimos empreender

Comecei uma jornada de autoconhecimento, parecia que até ali eu vivi no automático. Vivenciei muitas coisas boas, com certeza, mas sem me questionar muito. Até que apareceu a ideia da Herbig e comecei cada vez mais me jogar nisso, e também a me preparar para essa grande mudança. Psicologicamente e financeiramente.


Foi um processo que durou um ano, até eu entender se faria, como faria, e quando faria. Lembra o medo e a insegurança? Bateram bem forte aqui também, junto com o medo de decepcionar os outros (esse também convive bastante comigo), o medo da falta de estabilidade, a falta de segurança que só o novo e incerto trás.


E para ajudar, meio meio a este turbilhão de sentimentos, tive que adiantar minha decisão uns 4 meses porque eles chegaram com uma proposta de promoção, voltando para Sorocaba (cidade que eu nasci). Como estava tudo já tomando forma com a Herbig em Curitiba, tive que negar e dizer que eu sairia da empresa.


Quando eu tomei essa decisão foi tudo mais fluído, mas isso não quer dizer também que foi fácil. Uma coisa eu tive que entender: cada um tem a sua experiência e crenças com base no que viveu, então tive que me libertar de algumas aprovações para experimentar o meu caminho, bem como entender que mesmo se não desse tão certo seria uma experiência única, e estou aqui empreendendo há mais de 2 anos, descobrindo e tomando decisões cada vez mais desafiadoras.


Devo dizer que minha transição foi tranquila, apesar os processos internos. Muitas vezes a vida te dá um empurrão muito maior, um pé na bunda mesmo, o tão temido "você está despedida".




O Momento que a Demissão vem

Neste caso, trago o processo de uma cliente que depois de 13 anos de firma, mesmo ela sabendo que não fazia mais tanto parte dali, teve a surpresa da despedida. Sendo a principal renda da casa, e a mais segura, a decisão teve que vir do Universo mesmo, e não dela. E junto com todos os processos de transição vêm também ainda mais insegurança e dúvidas: então não sou boa o suficiente? O que eu fiz, ou o que eu não fiz para ter isso? Tanto tempo me dedicando a essa empresa, será que tudo isso foi em vão? Como vou fazer agora?


Claro, quando você tem um ajuste para receber e se manter um tempo, a ansiedade até pode dar uma aquietada, porém normalmente com esse processo vêm muita ansiedade, porque tudo o que era "certo" caiu por terra, e nossa mente sempre busca o certo, o quentinho. Esse processo pode vir com uma crise de idade também e com questionamentos como: no que eu sou boa então? O que eu gosto de fazer? Qual ou quais serão minhas alternativas?


Todos esses questionamentos são muito válidos, e importante de serem respondidos. Para todos os casos o planejamento é crucial para entender quanto tempo você aguenta com o dinheiro que tem, o que você precisa reduzir, cortar, postergar, com qual agilidade você precisa procurar outro emprego, quais habilidades você pode monetizar agora para diversificar suas formas de renda.


E além de tudo entender o que vale mais a pena para você nesse momento, qual ou quais valores pesam mais na sua balança nesse momento, voltar para o seu centro mesmo, muitas vezes acabamos seguindo o lema do Zeca Pagodinho, deixando a vida nos levar!




Filhos, se não tê-los, como sabê-los?

Uma outra mudança que nunca tive mas também já observei algumas, agora falando apenas com a mulherada, é ter filhos. Creio que essa é uma das mudanças mais difíceis que podem acontecer, porque elas vêm carregadas com culpa.


Culpa porque você precisará deixar seu filho em uma escola, culpa por muitas vezes não conseguir ter o tempo suficiente ou que você deseja ter com ele, culpa por passar mais tempo na Empresa do que com ele, culpa de ter suas ambições de carreira que muitas vezes acabam ficando em segundo lugar, culpa por se esquecer.


Já vi uma mulher dentro da outra empresa que eu trabalhava tendo sua realização de sonho através do filho com 40 anos, lembra aquela rotina que comentei, certo? Não combina muito com uma mãe recente não é mesmo? Até mesmo homens quando tiveram filhos em dois dias já estava trabalhando como se não os tivessem, e a visão de grandes empresas naquela época (me arrisco a dizer até hoje) é que realmente ter filhos não é produtivo, e muito por isso também evitavam mulheres.


Portanto, muitas vezes é preciso mudar, se adaptar, se jogar no incerto mesmo com a responsabilidade do filho, e muito para ele também. Não vai ser fácil, é um caminho de muitas escolhas, mas costumo sempre encarar que a melhor escolha é sempre a que você escolhe! :)



Seguir o próprio Sonho é um baita motor, mas que dá medo!

Uma outra possível mudança que pode causar bastante medo é você perseguir seu ou seus sonhos. Claro que ele pode bater com algumas das mudanças que já citei. Como por exemplo, o meu caso de ter feito uma transição para trabalhar com a Herbig de fato era perseguir um sonho.

Mas, trago aqui outros exemplos, como o sonho de ir morar em outro país, de se tornar nômade digital, de trocar totalmente de carreira, ou até de ir morar em uma comunidade que não precisa de dinheiro para sobreviver.


Todas essas decisões são carregadas de muito medo, medo do desconhecido, medo do julgamento, medo de tomar a decisão errada, medo de ter que deixar algumas coisas para trás. Mas também vêm com um processo de descoberta incrível, que normalmente é um mergulho dentro do seu Ser. Fazer os sonhos acontecerem deveria ser possível para todos, se permitir viver seus sonhos também deveria ser possível para todos.


Todas essas mudanças que citei o dinheiro não é o destino, percebem?


Mas ele permeia todo a jornada, acelerando ou retardando o processo. Por isso é necessário entender todos os mecanismos que podem acalmar o medo, a ansiedade, a insegurança, e trazer mais coragem para enfrentar tudo isso.


O planejamento é uma ferramenta possível e fundamental para todos, pois com ele trazemos esse "quentinho" para a mente, de ter um plano mesmo em meio a tantas incertezas.




Conta aí, qual mudança foi mais difícil na sua vida? Qual foi a mais importante? Qual te modificou mais? Qual você ainda deseja fazer?




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