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A origem dos bancos: por que eles existem?

Atualizado: 23 de jan. de 2021

O que você sabe sobre os bancos? Você tem ideia de que pode ter uma conta corrente sem tarifas? Você imagina como será o futuro das transações financeiras?


Vemos o dinheiro cada vez mais concentrado em instituições financeiras, vemos cada vez mais elas lucrarem com a nossa grana, e inevitavelmente podemos cair na pergunta: por que os bancos existem mesmo?


A Origem dos Bancos e a Facilitação das Transações


Vamos voltar no tempo, bem atrás quando, por exemplo, Seu João possuía galinhas, e então poderia ofertar ovos como moeda de troca. A Dona Benedita possuía bananas e desejava ovos. Porém, o Seu João não queria bananas, queria batatas, e apenas o Seu José possuía batatas. Então a Dona Benedita tinha que trocar bananas por batatas e por fim ovos.


Imaginem o grau e complexidade que era. Desse processo de escambo, foi criada a moeda de troca, para facilitar esses câmbios de produtos/serviços. Primeiro foi utilizado ouro, mas quem poderia certificar o quanto cada moeda valia, e se era de fato valiosa?


Assim foi criada a profissão dos cambistas, que nada mais era do que o intermediador entre quem é o proprietário de algo e quem deseja consumir esse mesmo produto, então ganhava uma comissão por isso.


Essa profissão foi crescendo, até que os banqueiros começaram a receber depósitos monetários, emitindo um certificado.


Com o passar do tempo esses depósitos e saques foram ganhando outras proporções até que começou-se a perceber que as pessoas acabavam não gastando todo o dinheiro que depositavam ali, e outras pessoas precisavam de dinheiro, então nasceram os empréstimos e mais tarde os investimentos.


Sendo assim, os bancos ganham dinheiro desempenhando o papel de intermediador da nossa grana e cobrando taxas por isso. Logo, eles acabam sendo instituições financeiras super lucrativas.

A Cobrança de Taxas e a Obrigatoriedade de Contas sem Custo em Bancos


Contudo os bancos são obrigados a te oferecer um pacote de serviço gratuito, seja para conta corrente, como também conta poupança, com 2 ou 3 saques por mês, um cartão função débito (conta corrente) ou função movimentação (conta poupança), entre outros serviços que com certeza vale a pena conferir se já atenderia sua necessidade para que você possa economizar com taxas de anuidade, por exemplo.


Outro ponto importante de lembrar é como funciona a estrutura dos bancos, claro que cada um tem seu próprio jeito de operar.


Assim como as empresas, os bancos também visam o lucro, e para isso as metas são distribuídas em suas funções, e então quando o gerente do banco te liga oferecendo alguma coisa (quando não é trote) você deve pedir um tempo e calcular se isso vale realmente a pena para você! (Normalmente o interesse é todo do banco).


Os Bancos Digitais e a Ruptura das Taxas Abusivas dos Bancos Convencionais, Fintechs e Pessoas Desbancarizadas no Brasil


Como os bancos ganham muito dinheiro com essas transações, e a principal motivação para empresas é o lucro, eles dificilmente irão mudar esse padrão tão cedo, então cabe à nós provocarmos cada vez mais essa mudança.


Assim, como estamos vendo o crescimento dos bancos digitais, que também ganham dinheiro com essa intermediação, mas deixam de cobrar tarifas e taxas para ganhar dinheiro com empréstimos, investimentos, entre outras formas.


Além dos bancos digitais estamos vendo uma crescente de fintechs trazendo outras soluções para os pagamentos, com taxas mais acessíveis e cashback, que vêm ganhando o seu espaço. Dessa maneira o dinheiro tem se tornado cada vez mais virtual, e menos papel.


Todavia é importante lembrar que nem todas as pessoas possuem acesso a uma conta bancária.


Através de uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e divulgada por diversos canais, 45 milhões de pessoas são desbancarizadas no Brasil, isso significa que a cada 3 brasileiros 1 não possui conta bancária. Dentro desses números, 6 em cada 10 desses desbancarizados são mulheres, e do total 69% são negros.


Estima-se que essas pessoas movimentam R$817 bilhões de Reais através do dinheiro em espécie. Vemos algumas empresas tentando alcançar essa parcela da população levando não só o acesso mais simplificado como também o crédito e outros serviços financeiros mais simplificados. Como o Banco Maré, que criou a moeda palafita e instalou totens nas favelas do RJ e SP.


As Informações que os Bancos Detém, Lei de Proteção de Dados e Open Banking


Os bancos também possuem muita informação nossa, e utilizam isso a benefício deles próprios, como, por exemplo, o limite de crédito do cartão ser liberado de acordo com o quanto você transaciona ali na conta.


Juntando a crescente de bancos digitais, cada vez mais é necessário a proteção de nossos dados, e portanto vem sendo estudada a Lei de Proteção de Dados, bem como o Open Banking, que pretende devolver o poder dos nossos dados à nós, assim nós decidimos quem pode possuir acesso e quem não (hoje quem possui os nossos dados acaba vendendo para outras empresas e interessados).


Mas claro, que isso é tudo muito novo e complexo, e ainda está sendo estudado como regulamentar esses parâmetros da melhor forma.


Além de proteger os dados, a lei pretende garantir uma competição mais justa quanto a serviços financeiros. Será através da API (interface de programação de aplicativos) que qualquer instituição financeira ou outras empresas poderão acessar seus dados, mas quem dará a autorização disso será você.


Hoje, você possui conta no Banco X, e somente o Banco X sabe se você é bom pagador, se você possui bastante ou pouco dinheiro transacionado, e o Banco X não divide essas informações com ninguém.


Com o conceito do Open Banking um aplicativo como o Olivia, por exemplo, que faz a gestão orçamentária poderá acessar as suas informações do Banco X, Y e Z uma vez que você autorize isso.


Esse novo modelo obrigaria até mesmo os bancos mais convencionais a liberarem seus dados, caso isso seja da sua vontade!


Temos no horizonte uma competição mais justa entre os bancos e o seu dinheiro? Talvez.


Seu Poder Monetário de Volta e o Blockchain


Mas, mais justo que isso é trazer o poder do seu dinheiro de volta a você. E é isso que a nova tecnologia Blockchain, por exemplo, promete fazer.


Com ela você poderá conceder acesso a algo que seja de propriedade sua, transferir de propriedade, ou até mesmo assinar um contrato com uma pessoa sem precisar de um intermediador.


Tudo isso usando apenas uma plataforma e essa tecnologia onde será muito difícil qualquer outra pessoa acessar e modificar essa informação.


Mas quanto disso é realidade?

Já possuímos algumas coisas sendo transacionadas via blockchain, como a criptomoeda, transferência de dinheiro, vendas de propriedades, uso de música. Essa tecnologia pretende trazer de volta o poder ao detentor da propriedade, e com isso também trazer mais prosperidade às pessoas.


Por aqui acreditamos nisso porém também sabemos que é necessário fazer algumas lições de casa para que essa tecnologia seja acessível para todos para que assim possamos evoluir juntos.


Fontes:

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